A dislexia é um transtorno presente em cerca de 5% da população mundial. Embora não seja tão popular quanto outros transtornos, tem afetado cada vez mais um número significante de alunos portugueses. A dislexia infantil ode ser diagnosticada em três graus distintos (leve, médio e severo) a partir dos 4 anos de idade.

Quando começar a investigar a dislexia?

Por se tratar de um transtorno de aprendizagem e principalmente de leitura, os sintomas só se tornam visíveis nos primeiros anos escolares. Isto é, quando a criança tiver cerca de 5 anos. O diagnóstico precoce evita que o aluno seja prejudicado na sua vida escolar. Assim poderão ser introduzidas novas abordagens desde o início da aprendizagem.

Já o diagnóstico tardio pode criar uma resistência da criança ou do adolescente em relação às formas de tratamento. Para além de desencadear, ao longo dos anos, uma série de frustrações e exclusão social no ambiente escolar.

Relação entre a escola e a família

Muitas vezes os pais não conseguem saber se o seu filho é disléxico ou não, pois não acompanham frequentemente o seu desempenho escolar. O trabalho com os professores faz com que seja mais fácil identificar qualquer tipo de transtorno.

Caso o professor observe dificuldades de compreensão de enunciados durante as atividades em sala, os pais deverão ser alertados para que sejam tomados alguns cuidados. Também pode acontecer os pais repararem numa leitura muito lenta e sem fluidez por parte da criança em casa, devendo assim alertar o professor responsável.

Causas e sinais

Muitos investigadores procuram uma causa concreta para a dislexia, porém até hoje não há conclusão. Contudo, deve-se observar os sinais que aparecem durante os primeiros anos escolares.

A leitura lenta é um dos primeiros sintomas da dislexia, seguido da troca de letras durante a escrita. Isso ocorre porque a consciência fonográfica de um disléxico é diretamente afetada.

A memória de curto prazo tende a ser prejudicada, fazendo com que a criança não consiga estabelecer pensamentos mais longos nem se consiga concentrar com facilidade. Além disso, uma criança disléxica não possui noção de tempo ou espaço. A caligrafia defeituosa e a escrita espelhada são fatores que devem prender a atenção dos pais, pois são características da dislexia infantil.

Tratamento

Tratar a dislexia infantil envolve paciência e dedicação. A união de vários profissionais é de extrema importância. Trabalhar com professores, psicoterapeutas, otorrinos e terapeutas da fala é aconselhado. Assim garante-se que a criança tem apoio em todas as vertentes, criando uma maior resistência ao transtorno.

A integração do aluno também é importante, pois a exclusão social pode desencadear transtornos depressivos e ansiosos. É importante salientar as vitórias de um aluno disléxico e não o reprimir por seus erros.

Mitos sobre a dislexia

A dislexia infantil não faz com que a criança seja menos inteligente, afinal, a sua capacidade intelectual e sua comunicação são idênticas à de qualquer outro aluno. Muitos disléxicos têm uma inteligência acima da média.

Uma criança disléxica pode acompanhar o ritmo escolar como qualquer outra criança. A sua dificuldade estará em compreender enunciados e não em adquirir conhecimentos.

Por fim, a dislexia não é preguiça ou desinteresse. Uma criança com dificuldades na sala de aula tende a ser mais conservada no processo de ensino. Por isso, é importante a participação e o incentivo constante por parte dos pais e da escola.

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