Gostos não se discutem e a verdade é que todos temos um método diferente para melhorar o processo de estudo. Enquanto uns apostam na memorização ou no café como estimulante, há quem prefira outras alternativas e se mostre verdadeiramente intransigente quanto à banda sonora. A questão que se coloca é: afinal, quais são as melhores músicas para estudar?

Partindo exatamente da mesma pergunta, um estudo patrocinado pelo Spotify procurou descobrir quais eram os géneros musicais com um impacto mais positivo nos alunos. As descobertas não são as mais surpreendentes; na verdade, foram ao encontro de outras análises que já tinham avaliado a influência da música em ambiente laboral.

Tal como acontece no trabalho, a música clássica parece ser o melhor som ambiente para o estudo. Um dos motivos por detrás desta boa influência reside no facto de os temas serem instrumentais. Quando há uma letra ou uma voz, o cérebro é obrigado a processar a informação, o que pode ser distrativo na altura de escrever ou decorar o que quer que seja.

A música barroca e a importância da escala tonal

Para descobrir quais eram realmente as melhores músicas para estudar, o Spotify foi ainda mais longe e submeteu um grupo de alunos a um teste. No final, os resultados foram reveladores: os alunos que tinham ouvido música clássica durante o estudo tiveram um desempenho escolar 12% superior aos restantes.

Outra das razões por detrás desta influência positiva está relacionada com a escala tonal. Temas como “Für Elise” de Ludwig van Beethoven, com 60 a 70 batidas por minuto, podem ser os mais indicados porque induzem a um estado de relaxamento, que mantém a mente alerta para receber novo conhecimento.

 

De forma geral, a música barroca é uma boa opção, mas se este não for o seu estilo de eleição existem várias outras opções. Uma das alternativas para quem não gosta de música instrumental é a audição de temas estrangeiros cuja língua não compreendemos. Nestes casos, mesmo que haja uma voz, o nosso cérebro não vai tentar processar a informação.

Manter a coerência entre estilos é também um ponto importante. Quando a playlist é muito eclética o que acontece é que acabamos por desviar a atenção na altura em que mudamos de uma música para a seguinte. Apesar de distrativa, essa mudança pode ser benéfica nas alturas em que damos sinais de cansaço ou nos sentimos desanimados. Isto porque a alteração de estilos estimula a dopamina, substância que influencia o estado de humor e consequentemente a energia.

Sons mais e menos comuns

Já vimos, neste post, que a música clássica – com especial destaque para a da época barroca – ocupa um lugar de destaque. Todavia, existem outros estilos musicais que podem ser benéficos e que podem enquadrar-se mais facilmente no seu ou no género musical preferido do seu filho. Um deles é o jazz, que pode servir para melhorar o humor ao mesmo tempo que ajuda na concentração.

Outra opção são as bandas sonoras de filmes ou videojogos. No momento de concepção, muitos destes temas são elaborados especificamente para aumentar a atenção do cineasta ou do jogador, potenciando a sua concentração. É precisamente por isso que a sua audição poderá ser benéfica durante o estudo.

Por último deixamos uma solução menos comum, mas que pode ter efeitos igualmente positivos. Falamos da música ambiente, mas mais precisamente do som que ouvimos vulgarmente num café. De acordo com o Journal of Consumer Research, não há melhor som para acabar com bloqueios criativos. Foi com esta ideia em mente que surgiu o Coffitivity, uma plataforma com os sons ambiente de coffee shops de vários pontos do mundo, de França ao Brasil. 

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